Hoje recebi uma notícia triste de uma criança de *12 anos que suicidou-se*.
Estive a pensar sobre isso durante o dia.
Acho que a "culpa" é das famílias.
Sabemos que existem muitos miúdos de rua e sinceramente nunca ouvi de um deles sequer ter tirado a própria vida.
Por outro lado, os que vivem rodeados de pessoas (amigos, professores, lideres religiosos e afins) são os que entram nas estatísticas de homicídio a nível mundial.
-A igreja não tem o papel de educar ninguém, senão tratar da religiosidade.
-Deixam para a escola o papel de educar. Mas a escola foi instituída para apenas fornecer escolaridade (competências técnicas e outras extra-curriculáres).
-A sociedade não educa, ela espera indivíduos educados. Indivíduos esses que vêm das famílias que constituem a tal sociedade.
-Sendo a familia a base da sociedade, julgo eu que, a família (pais e encarregados de educação *atenção: encarregados de educação e não de educandos*) tem falhado num de seus papeis principais que é a construção de uma personalidade sólida para os seus integrantes, o que reflete numa violação dos direitos da criança que são internacionalmente obrigatórios pois garentem uma plataforma de capital (emocional e não só) necessário para que a criança cresça forte e saudável.
Quando a criança (membro da familia) tem esses direitos violados ela acaba por desenvolver uma plataforma socio-emocional oca. O que se reflete em casos de gravidez precoce, delinquência juvenil, prostituição e até ao suicídio.
Na minha nobre e pensada opinião, a solução deste problema seria a reeducação familiar e principalmente a desaculturação e desaceleração no processo de autonomia emocional nas crianças e adolescentes. E uma reestruturação dos valores fundamentais dos adultos pais e encarregados de educação, para que possam ver o mundo com novos olhos e entender que *não só de brinquedos devem viver as crianças*.

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